Lutei, resisti, vivi. Afinal quem serei eu? Serei mais um no meio de todos? Ou será que a minha existência tem realmente uma justa causa? Não passa tudo de perguntas objectivas que por o longo período da minha existência perco toda a esperança de um dia as poder responder. Olhei para tudo o que me rodeia e percebi que tudo não passa de cenários ridículos que nos tornam quem não somos, queremos ser os melhores mas acabamos por nos tornar nos piores de todos. Não quero fazer da minha vida uma bíblia filosófica mas um pouco de abstracto e clareza nos olhos fariam de mim um homem diferente. Diz me a resposta a uma pergunta: quem somos nós, na realidade? Somos o exército que serve para testemunhar as barbaridades que as criaturas ditas humanas fazem? Não vivo neste mundo, talvez um pouco no meu lado lunar, não quero olhar para o que já me rodeou e para o que me rodeia hoje, vejo em tudo um puro ponto negro que faz com que tudo pareça o fim. Penso na origem de tudo, e penso como será o fim, a morte é o fim ou é um novo amanhecer? Se é começar outra vez, então já posso morrer.
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