À conversa com.... António Medeiros

Já vos tinha dito que tinha umas ideias na cabeça e que faltava muito pouco para as concretizar, sendo assim, pela primeira vez resolvi entrevistar um fotógrafo, que na minha óptica tem potencial e bagagem para ser alguém grande no ramo. 

 Conheci o trabalho do António pelo facebook e fiquei logo impressionado porque é como se estivesse a ver editoriais de grandes revistas. Fiquei com a pulga atrás da orelha e fui procurar mais até que cheguei a uma altura e disse: "Eu tenho de lhe fazer um entrevista"...sem dúvida que é uma óptima aposta para a primeira vez deste estilo de rubrica e uma óptica aposta também para que o trabalho desde estudante seja recompensado. Vamos ao que interessa:

  1.Desde quando te começaste a interessar pela fotografia?

O interesse começou por volta dos 14/15 anos quando comecei a conhecer outros entusiastas em imagem na minha zona. Um ano mais tarde iniciei os meus estudos no Ensino Secundário em Artes Visuais o que proporcionou imenso contacto com o mundo plástico e visual. 

2. Nos teus trabalhos, segues uma linha condutora de ideias ou fazes cada trabalho com um tema especifico?

Esforço-me para que cada trabalho meu possa despontar novos caminhos dentro da mesma linha autoral, podendo assim criar um estilo que consiga ser identificável como o do "António Medeiros".

3. Quais são as tuas inspirações?

Posso dizer que a maioria da minha inspiração vem da experiência de ouvir Música. Disponibilizar alguns minutos para escutar com calma uma canção costuma ser veículo para uma imensa viagem, através da qual costumo imaginar um cenário e respectivas personagens e texturas na sua totalidade. Acredito que esta ligação forte com a música vem da minha prática musical enquanto trompetista durante 10 anos numa orquestra.

5. O contacto fotógrafo-modelo nem sempre é fácil. Podes nos dar umas dicas sobre o que um modelo poderá fazer com o intuito de ajudar quem o fotografa?

Colaboração em prol de um bom ambiente é essencial para que a magia aconteça. Pessoalmente aconselho a que à medida que fotografarem consigam ter toda a sinceridade com o fotógrafo, fotógrafo com o modelo, e também entre toda a equipa que trabalha numa produção. É na fase de criação em campo que vale a pena "queixar" sobre o que se pode ter feito, depois quando o fotógrafo se depara com as fotografias para tratar é só uma fase de pós-produção em que pouco ou quase nada deverá ser feito a não ser em acentuar/atenuar os ambientes lumínicos pretendidos. 

6. Num Mundo cheio de fotógrafos, infelizmente apenas os melhores sobrevivem. O que achas que faz de ti um desses felizes escolhidos?

Não é só no mundo da fotografia que isso acontece, hoje em dia ou há um excelente currículo para determinado cargo ou (infelizmente) uma boa cunha. Acho que a minha ambição tem sido o melhor combustível para que possa continuar a disputar o meu lugar neste mundo. Acho importante nunca considerar que estou "seguro".

7. Se pudesses escolher fotografar um modelo para um editorial de uma revista, qual seria o modelo e para qual revista?

Não havia melhor escolha do que poder levar todas as pessoas que já fotografei, e fotografá-las em conjunto para uma grande revista! Eles merecem isso e muito mais!

Espero que todos tenham gostado da surpresa porque o valor tem de ser dado a quem o merece e neste caso é mais que merecido!

Aproveitem e passem pelo site dele e vejam com pormenor todos os trabalhos feitos até à data.

http://www.antoniomedeiros.net/

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