Vogue entrevista Marc Jacobs

Comprei a Vogue Portugal do mês de Maio especialmente para ter acesso a  esta entrevista visto que se trata de um dos meus estilistas preferidos, deixo-vos assim 3 parágrafos desta:

"Nenhum outro designer tem um caminho tão longo a percorrer a cada estação da Moda como Marc Jacobs. È um punitivo percurso de semanas ao qual parece sobreviver á custa de cafeína, nicotina e acessos de obsessão resultantes de não dormir quase nada. Tradicionalmente, dá o pontapé de saída dos desfiles de outono, em Nova Iorque, no inicio de setembro, com a sua colecção de pronto-a-vestir de primavera, no depósito de armas da Lexington Avenue. Um mês depois, fecha a semana da Moda de Paris com a sua colecção para Vuitton no Cour Carrée do Louvre. O facto de ambos serem os desfiles mais antecipados em cada estação-e, ultimamente, os que exibem as apresentações mais requintadas- serve apenas para aumentar ainda mais a tensão sentida por este homem que parece incorporar tudo o que há de louco e maravilhoso na Moda, neste estranho novo século.

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Quando lhe pergunto sobre Judy (sua mãe), as suas respostas são curtas. Quanto tempo passou? "Duas décadas".Onde está ela?"Não sei". Mas quando lhe digo que me sinto fascinado por figuras publicas que não falam com as mães, deixa cair as defesas. "Detesto a ideia de que temos de amar alguém porque faz parte da familia. Ninguém me pode dizer o que devo sentir e por quem o devo sentir. Não os culpo, não os odeio, apenas sei que não sinto amor por eles. Só isso. E não irei fazer o telefonema ou manter-me em contacto só porque a sociedade diz que é a minha mãe. Não há aqui Èdipo nenhum."

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Ele (Marc Jacobs) tem uma opinião mais comedida. " Para mim, o sucesso não é um fait accompli. Na próxima estação, se fizermos algo de que gostem mais, irão dizer: 'Sim, o desfile do carrosel foi engraçado, mas foi tão doce e tão bonitinho."È mesmo assim" Uma descrição excelente da inconstante da Moda. Mas, na verdade,Jacobs sabe que a opinião dos críticos não é a que mais interessa. " Honestamente, penso que qualquer mulher que entre na nossa loja compra um vestido porque gosta dele. Não se importa realmente com as referências que teve ou com o que um crítico possa ter escrito. A Moda não é uma necessidade. Apela-nos ao coração. È um capricho. Não precisamos dela. Queremo-la." 

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